O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma história de amor representada pelos alunos do 8º C, decorreu no auditório da escola no dia 15 de Junho às 14.30h.
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma história de amor representada pelos alunos do 8º C, decorreu no auditório da escola no dia 15 de Junho às 14.30h.
Uma leitura de Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, pelo 9º A
O Auto da Barca do Inferno é um texto dramático, de Gil Vicente, autor do séc. XVI (1518), que tem uma feição alegórica, cómica e moralizadora.
A ação decorre num cais, onde se encontram duas barcas, a do Inferno e a do Paraíso, com os respetivos arrais, o Diabo e o Anjo. Nesta espécie de tribunal, vai decorrer o julgamento das almas após a morte, sendo que os vários protagonistas, que se apresentam gradualmente, estão convencidos de que merecem o céu, muito embora tenham cometido delitos na vida terrena, como muito bem denunciam, e condenam, os juízes supremos.
As personagens em julgamento são portadoras de símbolos que as identificam e ao grupo, tipos sociais ou socioprofissionais da época vicentina, denunciando os seus vícios e defeitos, como: a arrogância e vaidade do Fidalgo D. Anrique; o materialismo do Onzeneiro, o banqueiro corrupto que explora a juro excessivo; a falsidade religiosa do Sapateiro, que julga estar ilibado dos roubos por ter cumprido todos os preceitos religiosos; a paradoxal amancebia do Frade folgazão; a prática do lenocínio e da prostituição da alcoviteira Brísida Vaz; o fanatismo, intolerância e materialismo do Judeu que profana sepulturas católicas; a injustiça humana, a venalidade e a parcialidade do Corregedor e do Procurador, também representada através de um Enforcado que se deixou manobrar. Todos condenados a embarcar para o Inferno, excetuando Joane, o Parvo, que não errou por malícia, e os Cavaleiros que morreram a lutar pela fé católica, daí que entrem triunfais, entoando um cântico glorificador e moralizador.
Gil Vicente tinha consciência de que a diversão poderia estar ao serviço da crítica e da moralização, daí que tenha concretizado bem o ditado latino “Ridendo, castigat mores.” (A rir castigam-se ou corrigem-se os costumes).
Cenografia da professora Cláudia Costa